sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Fábula do pobre coitado.

Porque o Brasil não quebra?

Fábula do Pobre Coitado.

Nasce o Coitado. Seus pais lhe dedicam uma vida de atenção, investimentos em estudos e educação, sempre ressaltando que a família é a base de tudo.

Essa educação é como uma linda flor plantada em um terreno que vive sob fortes ventos e tempestades: não sobreviverá.

Enfim, o Coitado cresce e seus sonhos são formar uma família, ser bem sucedido profissionalmente e ter amigos.

A luta para a realização profissional é suada, mas consegue se formar em uma faculdade e conseguir um bom emprego.

Durante a faculdade, conheceu uma garota. Bonita, parece ser a pessoa certa de sua vida.

Mas que melhor hora: unir o sucesso profissional e o sonho de casar pode ser a maior realização do Coitado.

Fruto do casal são os filhotes João e Maria. Ele fortinho, ela uma graça.

Em dado momento, o Coitado descobre que sua esposa, aquela que conhece na faculdade, um dia lhe traiu. (mentiras? "Pior cego é aquele que não quer ver" e a realidade é uma só: o adultério está difundido. Pior cego é aquele que não quer acreditar ou imagina que nunca acontecerá com ele. É, Freddie Mercury, Renato Russo e Cazuza também não imaginavam que iriam morrer de Aids um dia).

o mundo do coitado desaba. Não sabe se finge que não vê ou se termina. Ruim com um, pior com outro.

Respeitando o pouco de dignidade que lhe resta, resolve se separar.

Suor do seu trabalho, além de destinado aos calhordas que comandam a máquina estatal brasileira, outra parte irá para uma ignorante que, ainda o ameaça com prisão se não pagar a pensão dos filhos, que come 30% de seu salário.

Um pobre coitado sustenta: um bando de calhordas + uma safada + duas crianças inocentes. Nessa proporção, uma pessoa sustenta outras 4, no mínimo.

Qual a origem da família? O amor eterno por alguém? Pela amada? Ou é a solução para um sistema de apropriação de bens:
- Antigamente todos vivam em comunidade: as armas eram usadas pela comunidade, a terra, a mãe amamentava o filho de outra, todos os homens caçavam para o sustento do bando, etc.
- Um belo dia, um belo filho da puta resolve apropriar-se de bens. Outros também começaram a fazê-lo. Ótimo, nasce o direito (lesão?) de propriedade.
- Com o direito de propriedade, nasce o direito de herança. Para quem vou deixar tais terras que apropriei do bando? Para o meu filho. Quem é meu filho? Ora, preciso amarrar a mulher no pé da mesa para saber que os filhos que ela terá serão meus.

Pronto, nasce o casamento e os milênios de repressão à mulher e ao sexo deliberado, tudo com a fachada "amor".

Conclusão: o Coitado, além de ser Pobre, foi enganado a vida inteira com o truque da família.

Lavagem Cerebral?

Faço minha opção desde já: Vida boêmia (melhor com algumas que não são suas do que uma que você acha que é sua).

Abraço aos Pobre Coitados, que são o fedorento, tóxico e sujo, mas que ainda sim são o combustível para esse carro chamado Brasil.